Antes de tudo, queria agradecer a todos que comentaram o post das personagens, e por isso vou divulgar os blogs delas :)
Espero que gostem do capitulo :) Well, boa leitura :D
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Selena
- Selena. - Sua mão pousou sobre as minhas costas e abanou-me – Acorde menina, tem de se levantar, já se faz tarde. – Abriu os cortinados laranjas, donde o sol apareceu fortemente, um pequeno raio apareceu na minha cara começando a aquece-la, tapei-a com os lençóis. – Menina, não adormeça, assim vai perder o avião. – Dirigiu-se a mim e destapou-me gentilmente a cara.
- Ainda bem. – Voltei a tapar-me com os lençóis.
- Não seja assim, vai correr tudo bem, Jesus estará sempre consigo. – Voltou a destapar-me gentilmente a cara e pousou a sua mão no meu cabelo encaracolado. – Rezarei dois Pais-nossos para que tudo corra bem. – Fez um pequeno sorriso. Ri-me. – De que se ri menina?
- Das suas palavras, era tudo muito melhor se eu acredita-se nelas, não é verdade?
- Tem toda a razão, mas ainda tenho esperança que a menina vá um dia a acreditarem menino Jesus.– Tirou a sua mão do meu cabelo e sorriu mais uma vez. – Vá, levante-se, o seu pai está á sua espera lá em baixo. – Levantou-se e olhou-me com os seus pequenos olhos azuis. – Vou ter muitas saudades suas menina. – Nos seus olhos as lágrimas começaram a aparecer.
- E eu suas! Mas quando chegarmos lá em baixo, despeço-me melhor de si.
- Está bem! Despache-se que agora tenho de ir chamar o seu irmão. – Saio do meu quarto fechando a porta devagar para não fazer muito barulho. Tirei os lençóis de cima de mim, sentei-me na cama e esfreguei os olhos com as minhas mãos, calcei as pantufas castanhas e peludas e levantei-me. Fui até ao quarto de banho, dirigi-me á banheira, liguei a água quente e de seguida um pouco da água fria. Despi o pijama que os meus avós me deram, tirei a roupa interior e agarrei no meu fio de outro com a frase “Music” em diamante, a minha mãe dera-mo antes de morrer, entregou-mo dizendo “Ela está sempre connosco e eu estou sempre contigo”. A minha mãe, Lisa, era uma excelente cantora e dançarina tal como o meu pai, Charlie, conheceram-se nos Estados Unidos, ambos foram contratados para um casamento e foi amor á primeira vista, após a canção, cantada pelos dois, dançaram ao ritmo de uma música do grande cantor Robin Williams.
Entrei na banheira, deixei a água quente escorrer-me pelo corpo e pelos cabelos. Passei pelo meu corpo o gel de banho e pelo meu cabelo passei o champô. Voltei a passar-me por água. Desliguei-a. Sai da banheira, peguei no roupão, vesti-o e peguei numa toalha e sequei o cabelo.
Sai do quarto de banho, tirei de cima da cadeira a minha roupa anterior e vesti-a, peguei nas calças de ganga claras justas, na camisola curta castanha clara e na camisa também castanha e vesti-as, deixando a camisa aberta, calcei as botas castanhas e pôs o meu relógio roxo de marca no pulso. Dirigi-me mais uma vez ao quarto de banho e voltei a secar o cabelo com a toalha depois, penteei-me mais ou menos com os dedos pois o pente já estava guardado na mala. Sai do quarto de banho, arrumei mais ou menos o quarto. Fui até á varanda, inspirei profundamente, voltei a entrar no quarto, passei aos mãos pelas paredes brancas, parei numa parte onde lá estavam riscos de canetas, ri-me, a minha mãe ficou chateadíssima quando eu fiz aquilo, acho que tinha três anos. Andei mais um bocado e parei numa parte em que o chão estava riscado, voltei-me a rir. O meu pai quando fiz dez anos, foi até ao meu quarto e deu-me a minha primeira viola, era linda, deixei-a cair ao primeiro momento e riscou o chão. Andei mais, lembrei-me nos momentos em que as minhas amigas vinham dormir cá a casa, falávamos de rapazes, cantávamos e dançávamos em cima da cama, era fantástico. Peguei na mala e abri a porta.
- Adeus. – Mandei um beijo a sai. Desci as escadas devagar, nas paredes já não se encontravam as fotografias antigas, tudo parecia vazio. Fui até á sala, onde se encontrava o meu pai.
- Filha. – Chamou-me. Aproximei-me dele e abracei-o. – Estás linda. – Deu-me um beijo na testa, olhou para um espaço vazio onde antes de encontrava o sofá e riu-se.
- De que se ri pai? – Perguntou o meu irmão chegando á sala.
- Das recordações. Antes de receberes a tua primeira viola, fingias que sabias tocar na minha e sentavas-te no sofá a cantar com a tua mãe. – Rimo-nos os três.
- Era engraçado. – Sorri.
- Doutor, já está tudo pronto. As malas já estão dentro do táxi.
- Obrigado, Maria. – Olhou para mim. – Vamos?
- Sim. – Fomos em direcção á porta, onde nos esperava Maria.
- Tem aqui o seu pequeno-almoço. – Entregou-me um saco de papel. – Tem tudo o que a menina gosta, incluindo o seu rebuçado de laranja. – Abracei-a com todas as minhas forças.
- Vou sentir saudades suas Maria. – Lágrimas começaram a correr pela minha cara.
- Menina, não fique assim. Também sentirei saudades suas. – As lágrimas já lhe corriam pela cara. Mexeu no meu cabelo. – Igualzinha á sua mãe. Os mesmos olhos, o mesmo nariz. – Sorri. – E o mesmo sorriso. – Abracei-a mais uma vez.
- Obrigada por tudo.
- Ora essa menina. – Os seus lábios finos tocaram na minha testa. – E o menino já está tão grande. Está tal e qual o seu pai, de feitio e tudo.
- Ora essa Maria, e sou um pouco mais bonito. – Abraçou Maria. – Vou sentir muitas saudades suas.
- Eu também menino, tome também aqui o seu pequeno-almoço, é para o comer todo. – Riu-se. – Doutor, tome bem conta de si.
- A Maria já me conhece á muito tempo, sabe que eu fico sempre bem.
- Lá isso é verdade, mas nunca se sabe. – Abraçou-o. – Vá, agora vão lá.
- Adeus Maria. – Dissemos os três e saímos. Entramos no táxi.
- É para o aeroporto, certo? – Perguntou o motorista ao meu pai.
- É sim. – Respondeu. O motorista arrancou em direcção ao aeroporto.
Já lá encontrados, o meu pai pagou ao motorista e tiramos as malas. Fomos em direcção a uma pequena fila, esperamos cerca de dez minutos.
- Bom dia. – Cumprimentou-nos a senhora atrás do balcão a sorrir.
- Bom dia. Charlie Williams, se faz favor.
- Só um momento. – Mexeu no computador e imprimiu os bilhetes. – Aqui tem, chegaram um pouco acima do tempo, as pessoas já começaram a entrar no avião, mas ainda vão a tempo.
- Está bem. – A Senhora entregou-nos os bilhetes e os autocolantes para as malas. Vá, meninos, dêem cá as malas. – Entrega-mos as malas ao nosso pai e este pôs-lhes os autocolantes e entregou as malas.
- Obrigada e uma boa estadia. – Disse-nos a senhora com um sorriso.
- Obrigada. – Agradeceu o nosso pai.
Rapidamente, fomos para o avião, entregamos os bilhetes e sentamo-nos. Infelizmente o nosso pai sentou-se num sítio diferente do nosso. Encostei-me á cadeira e pôr o cinto, ouviu-se a senhora a dizer “Bom dia! O avião de destino a Los Angeles, irá partir dentro de momentos, por favor ponha o cinto de segurança. Obrigada.” Los Angeles, o sitio para onde vamos viver e o local onde o meu pai nasceu. Eu sei que é o sonho de qualquer adolescente, mas ir para lá sozinha não tem assim tanta piada. Olhei para o meu irmão, Nick, apenas um ano mais velho do que eu, ele também não estava com uma cara muito contente. Ao saber que estava a ser observado, ele olhou para mim e sorriu, mas ao ver que eu não sorria, pôs o seu braço á minha volta e eu pôs a minha cabeça no seu ombro.
- Vai ficar tudo bem. – Sussurrou-me ao ouvido e deu-me um beijo na testa.
- E se não ficar?
- Vai ficar, afinal somos os Williams, ficamos sempre bem. – Sorriu. – Vá, anima-te.
- Vou tentar. – Enrosquei-me mais um bocado a ele e fechei os olhos.