Miley
- Mãe, pode dizer ao Justin para tirar aquele sorriso estúpido da cara? – Pedi-lhe.
- Miley, deixa o teu irmão. Mas o que é que se passa contigo Justin?
- Não é nada mãe. – Respondeu o meu irmão.
- É sim, desde que viu a nossa vizinha do lado que anda assim. – Sorri.
- Aí que o nosso maninho anda apaixonado. – Brincou Joe, o meu outro irmão.
- Mãe, pode dizer-lhes para se calarem? – Pediu Justin.
- Meninos. – Eles calaram-se. – Mas conta lá Justin o que se passa com essa tal rapariga.
- Não é nada mãe, eles estão a brincar. E só a conheci hoje.
- Não interessa. – Olhei para a minha mãe. – Devia ter visto a cara dele quando ela começou a cantar.
- Ela canta? – Perguntou a minha mãe.
- Sim e muito bem. – Respondeu Justin e sorriu.
- Mãe, ele está a faze-lo outra vez. – Ri-me.
- Mas olhe, devia ter visto a cara da Miley, quando o irmão dela apareceu, só faltou babar-se. – Brincou o Justin.
- Mãe. – Mandei-lhe com uma almofada á cara.
- Então quer dizer que eu fico sem ninguém? – Perguntou Joe.
- Exactamente, ninguém te quer. – Ri-me.
- Miley. – Riu-se a minha mãe. – Então, estou a ver que tenho de trazer esses meninos cá a casa para um almoço.
- Nem pense mãe. – Respondi eu e o Justin.
- Então porquê?
- Olhe mãe, eu não me importo. – Referiu Joe.
- Mas eu sim. – Contrariei eu e o meu irmão.
- Finalmente juntos em alguma coisa. – Disse a minha mãe, rindo-se. – Mas são de Portugal certo?
- Sim, que fica ao lado de Espanha. – Respondeu o meu irmão.
- Justin como sabes isso? – Perguntou a minha mãe boquiaberta.
- Mãe, ele só sabe porque eu lhe disse lá fora. – Disse-lhe.
- Bem, já estava a ver que o teu irmão andava a estudar.
- Acha mãe? – Brincou o meu irmão Joe. – Se ele não tivesse talento para a música, coitado dele, ia acabar nas ruas.
- Joseph nem digas uma coisa dessas. – Ralhou a minha mãe mas mais tarde sorriu. – Deves ter razão. – Rimo-nos todos menos Justin.
- Era suposto defender-me mãe.
- Tens razão Justin, desculpa pela piada. – Sorriu. – E Miley o que se passa com o tal rapaz? Ainda és muito nova para namoros.
- Mãe, por amor de Deus, só o conheci hoje e acho que já tenho idade suficiente para namorar.
- Só vais começar a namorar quando eu te autorizar. – Disse o meu pai, fechando a porta principal, tirou o casaco e pendurou-o no cabide, encostou a sua mala de viagem á parede e atirou as chaves para cima de uma mesa que lá se encontrava.
- Pai. – Gritei. Levantei-me do sofá juntamente com os meus irmãos e a minha mãe. Abracei-o. – Tinha tantas saudades suas. – Desencostei-me dele.
- E eu tuas amor. – Beijou-me a testa. – Fiquei dois meses fora e já cresceste assim tanto? – Riu-se.
- Pai, não tem piada, eu posso não ser muito alta mas tenho grandes capacidades. Aliás eu não sou baixa, vocês é que são muito altos. – Ri-me.
- Tens razão amor. – Sorrio e olhou para os meus irmãos. Dirigi-me ao sofá e sentei-me. – Joe, já está um homem filho. – Abraçou-o. – E andaste no ginásio?
- Não, não andei pai. Eu sou giro e bonito de corpo de nascença.
- És tal e qual o teu avô. – Brincou o meu pai e olhou para Justin. – E tu filho, também cresceste imenso, estás quase maior do que o teu pai. – Riu-se.
- Só se cresceu fisicamente porque psicologicamente. – Disse que olhando para as minhas unhas.
- Que piada Miley, e tu continuas a comprar os pijamas na loja das criancinhas de idade entre os doze e catorze. – Nick riu-se juntamente com Joe, e deram um “mais cinco” um ao outro.
- Aí já me estou a rir. – Mandei-lhe com a almofada do sofá.
- Vá meninos parem lá de discutir uns com os outros. – Ralhou o meu pai. – E Miley vem apanhar a almofada.
- Ou? – Perguntei-lhe olhando para ele em sinal de desafio.
- Ou ficas sem computador. – Sorri.
- Está bem. – Resmunguei e levantei-me, apanhei a almofada e de seguida dei um pequeno murro no ombro de Justin.
- Miley. – Ralhou mais uma vez o meu pai.
- Desculpa Justin. – Disse contrariada.
- Está desculpada filha. – Riu-se o meu irmão.
- Justin pára com isso. – Disse-lhe o meu pai.
- E eu George? Não sou ninguém? – Perguntou a minha mãe na brincadeira.
- Claro que és querida. Vem cá. – Chamou-a, ela levantou-se e dirigiu-se a ele. O meu pai puxou-a pela cintura e beijou-a.
- Por favor não. – Disse o meu irmão Justin tapando a cara.
- Sim, realmente, façam isso noutro lugar. Não em público. – Concordei eu.
- Até parece que a Miley não faz isto com ninguém. – Disse Joe.
- Repete lá? – Pediu o meu pai.
- Não ligue pai, ele não tem mais nada que fazer. – Disse-lhe eu a tentar contradizer Joe.
- Pois sim. – Disse o meu pai a fingir que eu tinha razão. – E onde está o menino mais novo da casa?
- Está a dormir George. A fazer uma pequena sesta. – Respondeu a minha mãe sorrindo.
- Já está com que idade? Quatro anos certo? Idade de anjo. – Abraçou a minha mãe.
- Se anjo quer dizer, puxar-me o cabelo, então sim, podemos dizer que é um anjo. – Disse eu.
- Anda cá princesa. – Chamou-me, levantei-me e fui ter com ele. – Vá, abraço de grupo. – Todos se aproximam e abraçam-se.
- Então e eu? – Perguntou o meu irmão Jake enquanto descia as escadas, fui ter com ele e peguei-lhe ao colo.
- Dormis-te bem? – Perguntei-lhe.
- Sim.
- Vá agora, um abraço de família. – Disse o meu pai com um enorme sorriso na cara. Abraçamo-nos todos durante mais ou menos dez segundos.
- Já está bom, estou a sufocar. – Disse o meu irmão Justin rindo-se.
- Sim, realmente estamos a ficar muitos. Vocês têm de parar. – Disse eu apontado para eles.
- Não prometo nada. – Disse o meu pai beijando a minha mãe.
- Não. – Disse eu em coro com os meus outros irmãos virando a cara. Acabamos por nos rir imenso.
- Então do que é que vocês estavam a falar? – Perguntou o meu pai sentando-se no sofá.
- A Miles e o Justin estão apaixonados. – Disse enquanto se atirava para o sofá.
- Mentira. – Disse pousando o meu irmão no chão.
- Sim, mentira. Não acredite dele pai. – Apoiou-me o meu irmão.
- Sim, não acredite pai. Esta conversa já me começa a irritar, vou lá para cima. – Disse eu começando a subir as escadas.